Fernando Antinelle (lider do grupo) e sua trupe comandam uma nova forma de ver a música, baseada na liberdade de comunicação e divulgação via internet, longe dos terriveis "jabás" que nos empurram todo tipo de porcaria musical em rádios e programas medonhos de tv. Segue artigo recente dele sobre a matéria....
Ja estive em dois shows do TM em Campina Grande e posso afirmar que foram experiências musicais maravilhosas...
Recentemente demos uma entrevista para a revista Fórum com declarações sobre o novo momento da música, do mercado e dos modelos de negócio nesta área… Com o intuito de esclarecer nosso público, músicos, usuários da música em geral, sobre toda essa cadeia produtiva e suas ramificações, enfim…
O Teatro Mágico iniciou um movimento chamado MPB (Música para Baixar)! Movimento que se opõe a toda uma estrutura vigente atualmente no mercado que contempla a lógica do capital: Pagou, tocou! isso mesmo! simples assim… relação conhecida como “jabá” – crime que acaba censurando o artista local, independente e que muitas vezes não vê outra forma de mostrar seu trabalho a não ser no Rádio ou na TV!
Aliás… me diga, em qual outro meio de comunicação você espera ouvir música?
Qual o caminho para a nova geração de músicos? Correr atrás de uma gravadora qualquer? Ou daquele canal que se diz de música brasileira!? Como divulgar seu trabalho? E depois? Como se sustenta o grupo? Como fazer pra dar sobrevida às coisas todas que produzimos?
O MPB não quer dizer… “estou dando de graça, não valorizo, não me importo, estou abrindo mão dos meus direitos”… de maneira alguma!
É justamente o contrário! Você é dono da sua música, não mais a Editora da Gravadora X, Y ou Z! Você cria as licenças sob as quais você quer reger sua obra (Creative Commons), você é quem decide como, quando e o quê fazer com todo seu material!
Buscamos transparência junto ao Ecad (orgão que recolhe dinheiro pela execução de uma música) que repassa tudo o que é arrecadado para as 600 músicas mais tocadas no rádio! OPA! Mas perai… eu não toco no rádio! eu não pago jabá!? e agora?
Ou seja, mesmo que sua música toque no rádio (um pouco), o retorno disso não vem pra voce… vai para as 600 mais tocadas! e quais são as mais tocadas? as que pagam JABÁ! pronto. fechamos o ciclo da panela toda!
É sabido, que atualmente, as gravadoras não investem mais como antes em grupos novos (do zero!), justamente pela possibilidade e variedade de música que o cidadão comum pode encontrar na net e consumir a vontade! Eles buscam bandas que já tenham certo público, uma carreira mínima, uma relação interessada com a música! e passam o resto do tempo investindo milhões em publicidade, em programações diárias pra fazer você (ouvinte) acreditar que aquilo que esta passando é de fato “vontade do povo”! Isto não é justo, não é democrático e não é transparente… a música livre sim! Você ouve se quiser, baixa se quiser, divulga se quiser! Parafraseando Pena Schmicht: “O que irá prevalecer a partir de agora é o talento!” e não mais o investimento! Não dá pra enganar o público tanto assim com tanta informação acessível a todos! Tiramos a mascara do carrasco que insiste em vestir a carapuça de novo! Chega!