fevereiro 04, 2013
Servidor homoafetivo do Itamaraty consegue alterar o estado civil para casado
O companheiro do funcionário já havia conseguido a alteração no
órgão público em que trabalha, apenas com a apresentação da certidão de
casamento. No Itamaraty, no entanto, tiveram que pedir ajuda à Justiça.
Segundo a assessoria de imprensa do ministério, a dificuldade se
deu por ser a primeira vez que a pasta recebeu uma certidão de casamento
homoafetivo para fins de inclusão como dependente. O órgão informou que
pretende resolver o assunto o mais rápido possível.
Apesar de a decisão do tribunal ser de primeira instância e de
ainda caber recurso, a medida é vista como uma vitória pelos que militam
a favor dos direitos dos homossexuais. "A ação é um mandado de
segurança que exige direito líquido e certo. Em resumo, direito líquido e
certo é um direito que se impõe de pronto, não necessitando de maior
análise e produção de provas. O fato de se poder tratar de um direito
homossexual em uma ação que não permite maiores discussões já é um
grande avanço", avalia o advogado Ricardo Baraviera.
Em Brasília, além de se guiar pela decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) que reconhece a união estável entre pessoas do mesmo sexo,
os cartórios tomam por base a Sentença Normativa 22087-7/2012, que
reconhece não apenas a união estável, mas o casamento homoafetivo.
O diretor do grupo de lésbicas, gays , bissexuais, travestis,
transexuais e transgêneros (LGBTTT) Estruturação, Welton Trindade, diz
que apesar de ainda ter muito o que avançar, o Brasil é referência
internacional."O casamento de pessoas do mesmo sexo já é bastante
difundido no país e isso é muito positivo. Tenho 12 anos de ativismo e
finalmente posso dizer que está ficando comum" , diz.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 60 mil casais homoafetivos vivendo juntos no país.
Fonte: Agência Brasil
AUTHOR:
Dimitre Soares
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