janeiro 25, 2010

Fim do casamento pode implicar em doenças crônicas

Divórcio prejudica saúde por longo tempo, diz estudo

Pesquisa sugere que pessoas que se separaram têm mais tendência de desenvolver doenças crônicas.


O divórcio tem efeitos nocivos e duradouros na saúde dos envolvidos que mesmo um novo casamento não consegue reparar, afirma um estudo americano.


A pesquisa da Universidade de Chicago foi feita com dados de 8.652 pessoas com idades entre 51 e 61. O estudo apontou que entre os divorciados a incidência de doenças crônicas, como câncer, era 20% maior do que entre pessoas que nunca casaram.


O índice cai para 12% entre aqueles que casaram novamente, afirma o estudo publicado na revista científica "Journal of Health and Social Behavior".


Os pesquisadores afirmam que as pessoas começam a vida adulta com uma "quantia de saúde" que se mantém ou diminui de acordo com a experiência matrimonial de cada um.


A pesquisa sugere que as pessoas que são casadas continuamente podem ter o mesmo índice de doenças crônicas do que as pessoas que nunca casaram.


Apesar de as pessoas que casam novamente depois de um divórcio ou de se tornarem viúvas tendem a ser mais felizes do que antes, isso não diminuiria a suscetibilidade delas a doenças crônicas.


A socióloga da Universidade de Chicago Linda Waite, que conduziu o estudo, disse que o divórcio ou a viuvez afetam a saúde porque a renda cai e há mais estresse devido às discussões sobre custódia dos filhos.

Estresse

A pesquisadora sugere que casamentos trazem benefícios imediatos de saúde, por estimular comportamentos saudáveis em homens e bem-estar financeiro para mulheres, mas que casamentos após divórcios não têm necessariamente os mesmos efeitos.


"Algumas situações de saúde, como depressão, parecem responder rapidamente e fortemente a mudanças nas condições atuais", diz Waite.


"Por outro lado, condições como diabetes e doenças cardíacas desenvolvem-se lentamente durante um período substancial e revelam o impacto de experiências passadas, que é o motivo pelo qual a saúde é afetada pelo divórcio ou viuvez, mesmo quando a pessoa casa novamente."


Outros pesquisadores que não participaram do estudo comentaram os resultados.


A pesquisadora Anastásia de Waal, do instituto Civitas, disse: "Esta pesquisa sublinha o fato de que enquanto o divórcio se tornou muito mais comum, ele pode ter um tremendo impacto não só emocional e financeiro, mas também na saúde da pessoa".


Christine Northan, do instituto Relate, disse: "Eu não estou surpreso com os resultados. É outro motivo para se trabalhar bastante para fazer com que os casamentos funcionem, a não ser que as relações sejam bastante destrutivas".

Fonte: www.g1.com.br

janeiro 25, 2010

Divórcio também existe no mundo animal

'Divórcio' de cisnes intriga veterinários britânicos


Um raro caso de "divórcio" entre cisnes observado em uma reserva natural para aves no centro da Grã-Bretanha está intrigando os especialistas.


Os cisnes normalmente mantêm um único parceiro pela vida toda.


Mas um casal de cisnes surpreendeu os veterinários da reserva de Slimbridge, no condado de Gloucestershire, ao retornar ao local em sua migração de inverno com parceiros diferentes dos que tinham na temporada do ano passado.

O casal antigo não tomou conhecimento um do outro com nenhum sinal de cumprimento, embora estejam ocupando a mesma parte de um pequeno lago

Casos de cisnes que encontram novos parceiros após a morte do parceiro anterior não são incomuns.


Mas os veterinários do centro dizem que essa é apenas a segunda vez em mais de 40 anos que um "divórcio" como esse foi observado entre os mais de 4 mil casais de cisnes que passaram pela reserva no período.


Os veterinários descreveram a situação como "bizarra".

As primeiras suspeitas sobre a ocorrência rara foram levantadas quando o cisne macho Sarindi retornou da migração anual para o ártico russo sem sua parceira por dois anos, Saruni, e trazendo uma nova fêmea à tiracolo, batizada de Sarind.

A chegada do casal levou os veterinários da reserva a temerem que Saruni havia morrido.


Mas pouco depois Saruni chegou à reserva, trazendo um novo macho, Surune.


Após observá-los, os especialistas concluíram que o relacionamento antigo havia acabado e que novos teriam começado.


Julia Newth, pesquisadora de vida selvagem do centro Slimbridge, disse que a situação surpreendeu os funcionários da reserva.


Segundo ela, os cisnes tendem a manter "verdadeiras lealdades" e longos relacionamentos.


"Enquanto ambos estiverem vivos, eles tentarão se manter juntos. Se eles mudam de parceiros, normalmente é em consequência da morte de um deles, não por escolha própria", explica.


Segundo ela, o casal antigo não tomou conhecimento um do outro com nenhum sinal de reconhecimento ou de cumprimento, embora eles estejam ocupando a mesma parte de um pequeno lago da reserva.


Questionada sobre a razão da separação, ela diz: "Uma possível razão é a incapacidade para reproduzir, já que eles estavam juntos havia dois anos, mas nunca tiveram filhotes. Mas é difícil dizer a razão com certeza."


fonte: www.g1.com.br

janeiro 19, 2010

Meu amigo "Che"

Meu amigo "Che"

Voltando ao mundo real, depois de alguns bons dias de férias....

Como trabalho o ano inteiro, é no mês de férias em janeiro que aproveito para colocar em dia um monte de atividades pendentes, livros que vão ficando empilhados ao longo dos meses eu vou lendo um a um... CDs, DVDs, cinema, etc... Vou tentar passar aqui um pouco do que tenho lido/assistido nos últimos dias...

Bom, começo pelo livro “Dossiê Che Guevara”, do escritor mineiro Rodolfo Lorenzato. Bem, comprei este livro pela simples razão de ser um aficcionado na figura de Che Guevara. Esse talvez seja o quarto livro sobre o guerrilheiro argentino que leio nos últimos dois anos. Trata-se, na verdade, de um apanhado do que há de mais importante na biografia de Guevara, compilado de algumas obras fundamentais sobre o revolucionário. Eu havia lido há pouco tempo “Meu amigo Che” de Ricardo Rojo (1968), e muitas passagens me pareceram familiares ao livro do argentino na obra do mineiro. De toda sorte, é um livro curto e serve muito bem ao objetivo de apresentar “Che” para aqueles que ainda não conhecem sua história.

O fenômeno “Che Guevara” me faz lembrar bastante de um mito muito regional aqui do interior do nordeste: os cangaceiros. Existem sérias opiniões que tratam os cangaceiros como heróis locais, enquanto outras, igualmente sérias, os tratam como facínoras. Da mesma forma se depreende das leituras sobre “Che”. Alguns lhe tratam como sanguinário e assassino frio. Outros, como líder nato, inspirador de gerações e figura história emblemática pelas lutas contra o sistema de exclusão capitalista. Eu prefiro descaradamente a segunda opção.

Quando estive em Buenos Aires, lembro-me de ter visto na periferia da cidade lindos painéis com sua estampa e frases suas pelas ruas, além de uma espécie de idolatria pela sua famosíssima foto (acima) tirada por Alberto Korda (por sinal, uma das imagens mais reproduzidas do mundo). As bandeiras das torcidas organizadas do Boca tem estampada a sua imagem, assim como camisas, carros, bonés, etc...

O que se pode afirmar, sem sombra de dúvidas, é que o fato de ter morrido precocemente (aos 39 anos) lhe poupou a decadência histórica de líderes comunistas. Lênin, Stálin e Fidel Castro se tornaram obsoletos, ridículos e ganharam a história mais como opressores e tiranos. “Che”, ao contrário, ficou marcado para sempre como o revolucionário romântico. Uma das suas frases mais famosas: “Hasta La Victoria Siempre” revela o espírito de determinação que impulsiona pessoas em todas as partes do mundo para atingirem seus mais importantes ou comezinhos ideais.

Fatalmente o comunismo sucumbiu no final dos anos 80, demonstrando a fragilidade de seus ideais. Cuba se transformou num “fim de mundo” impossível de se viver com dignidade. A argentina restaurou os ideais políticos peronistas (quem diria??), e a fagulha socialista na America Latina reapareceu da pior maneira possível, através de dois celerados malfeitores chamados Hugo Chavez e Rafael Correia.

Parece-me, entretanto, que as lições de “Che” continuam pairando no ar, agora muito menos políticas ou revolucionárias, mas principalmente, como ideais românticos de luta contra a realidade posta.


P.S. Para quem ainda não viu, deve assistir "Che", filme em duas partes, com Benício del Toro e Rogrigo Santoro - 2008/2009.