“Eu julguei que, quando fui eleito presidente, era para presidir politicamente a Casa e não para ficar submetido a procurar a dispensa ou limpar o lixo das cozinhas da Casa.” Frase de José Sarney, Presidente do Senado.
“Sarney, o homem incomum” do Blog “Brasília, eu vi”
Essa semana fiquei novamente estarrecido com as notícias que vem do mundo político no nosso país. O Senado Federal está enterrado em mais uma das incríveis crises institucionais que tem circundado o ambiente de picuinhas e desmandos governamentais e legislativos. A bola da vez é a contratação ilegal de parentes e os absurdos atos secretos praticados pela administração geral do Senado.
Descobriu-se que vários atos foram realizados sem que se tenha sido feita sua publicidade devida, contrariando o mínimo do bom senso e do critério ético. O impressionante é a ofensa solene aos princípios constitucionais da moralidade administrativa, da impessoalidade e da publicidade dos atos de qualquer órgão ou agente público.
A defesa do coronel do Maranhão e do Amapá foi imediata, pragmática e partiu do principal representante da República: o presidente Lula, em mais uma viagem inaceitável e sem justificativas ao inexpressivo Cazaquistão, afirmou descaradamente que “...Sarney não pode ser julgado como um homem comum”.
Resta-no tentar imaginar, de modo indutivo, o que viria a significar “homem comum” na linguagem miraculosa do presidente Lula. O sentido de “homem comum”, provavelmente, seria o cidadão assalariado, pouco letrado e sem influência, provavelmente o típico beneficiário dos projetos assistências do Governo Federal como o Bolsa Família, que garantiram ao mesmo Lula mais um mandato, e através dos quais o PT tenta empurrar goela abaixo Dilma Russef para as próximas eleições.
Ou será que “homem comum” é o que anda pagando a absurda carga de impostos do Brasil, ou o que tem o nome na maio lista de inadimplentes da última década? Independentemente de qualquer simpatia ou antipática pelo presidente atual e pela administração petista, é fato que o Presidente da República tem conseguido reunir obtusa coletânea de impropérios contra a própria democracia.
O Sr. Presidente rasgou a Constituição Federal ao afirmar que Sarney não pode ser julgado como um homem comum, e a imprensa de massa pouco ou nada disse sobre o assunto. A igualdade material não era para ser a tônica dos discursos presidenciais? E não se diga que Lula estava se referindo ao foro privilegiado que o cargo lhe outorga. Ele se referia, na verdade, na história política do presidente do Senado, que lhe garantiria, provavelmente, os louros de um julgamento diferente do restante dos brasileiros.
Pior que a frase de Lula em defender ao amigão Sarney, foi a resposta do próprio Sarney de que não tinha sido eleito presidente do Senado para limpar as lixeiras da casa. Está claro o sentindo da idéia, pode-se traduzir o que disse famoso romancista de São Luis: não é problema meu!!!!!
Nunca dei meu voto a Lula, e nunca darei. Apesar dele não ser o primeiro nem o último descarado a presidir o país, infelizmente.
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